Por Ricardo Gothe
Quando o nosso grande líder Lula no alto de sua popularidade anunciou que queria a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, não lembro de milhares nas ruas manifestando sua contrariedade com os gastos que aconteceriam, ou alguém imaginava que o custo fosse mais ou menos como realizar o Garoto Bom de Bola ou a Copa Paquetá ? E vamos confessar, a saúde e a educação pública no país já eram "excelentes" então. Depois dos gastos, milhares se "movem" pela causa. Sinceramente ninguém pode se sentir a vontade para fazer piadas sobre os portugueses.
Agora surgem sociólogos de todos tipos e origens avaliando as causas das manifestações, urbanistas de plantão discorrendo sobre a infraestrutura das cidades, estádios, custos etc, convenhamos, fica duro de levar a sério.
Sem os oportunistas, partidários de todo tipo, agressores, vândalos, formadores de quadrilha e excessos policiais, sou completamente favorável as manifestações, são legítimas, mais do que isso, são necessárias. Mesmo as vezes sem um foco claro, um tanto mutáveis e confusas, no caso vão das tarifas do transporte, passando por Copa e o que mais couber, a tal da "indignação geral", a participação da população deve ser cotidiana e sempre bem vinda na vida das cidades e do país.
A lamentar as ações ontem pelo Brasil de puro vandalismo de alguns, tanto que houveram manifestantes abandonando as caminhadas diante de atitudes que estão muito distantes de representar qualquer causa. Próximo passo ? Assim continuando, com certeza a perda de apoio junto a maioria da população para as manifestações, população que antes da violência com certeza via os movimentos com muito bons olhos.
A geração que hoje começa a dirigir, certamente não entenderia como por muito anos dirigimos no Brasil sem cintos de segurança, para os novos motoristas o cinto tem função tão tranqüila quanto dar a partida no carro. Logo haverá uma nova geração que nascerá dentro do conceito dos novos estádios construídos no país e que nos perguntará como convivíamos com os antigos monumentos do nosso futebol onde as condições sanitárias eram péssimas, onde sentávamos no concreto e sua umidade para ver os jogos, onde era permitida a superlotação, onde era permitida que pessoas estivessem penduradas em alambrados e fossem assistentes privilegiadas dos matchs até subindo em suas coberturas e marquises, tempos românticos para dizer o mínimo.
Recebi alguns e-mails sobre o comentário que fiz a respeito da Copa do Mundo no Brasil e minha posição quanto ao evento, reitero com tranqüilidade que todas as ações possuem resultados positivos e outros sem a mesma qualidade, fui um dos coordenadores da candidatura de Porto Alegre para a Copa do Mundo e participante da elaboração da primeira matriz de responsabilidades, a da mobilidade urbana, e sigo convicto de que o melhor projeto do Brasil levando em consideração investimentos públicos, estádio e evento é o da capital dos gaúchos. Não há uma única operação desvinculada de uma visão urbana maior e mesmo a Arena do Grêmio que nunca fez parte do projeto original, acabou não deixando de receber um olhar regional sobre sua localização e impacto urbano e social. Tanto é assim que o Humaitá e o 4º Distrito como um todo, já são objeto de estudos para uma Operação Urbana Consorciada, para identificação de novas vocações para extinta área industrial da cidade.
Falando em Arena do Grêmio, projeto que acompanhei e participei desde suas primeiras conversas e desenhos, passando pela escolha da área e construção, quis o destino que tivesse a tarefa de completar todo o ciclo que significou sua concretização. O Prefeito de Porto Alegre ontem nos determinou a Coordenação Executiva da Operação de Implosão do Estádio Olímpico Monumental. Isso significa comandar as articulações e operações no âmbito da Prefeitura dos órgãos necessários para a missão, Defesa Civil, Meio Ambiente, Resíduos (DMLU), Urbanismo, Centro Integrado de Comando, Guarda Municipal, Governança Local (comunidade), FASC (área social), SMOV (obras), DMAE e DEP (rede de águas e esgotos), Guarda Municipal, SEDA (proteção animal), SAMU (emergências), Comunicação, trânsito (EPTC), PGM (Procuradoria), além das relações com os órgãos estaduais, CEEE (energia elétrica), Polícia Civil, Brigada Militar e ainda Ministério Público, V COMAR (espaço aéreo), CREA, CAU e os agentes privados do evento, OAS e sua contratada, a empresa que realizou 99% das implosões no país, entre elas o Carandiru, Palace e o Estádio da Fonte Nova. Uma operação complexa sem dúvida, um evento de repercussão nacional, raro, um extraordinário desafio.
Mas na conta do Futmesa está a expectativa toda para o Estadual de Equipes dos cavados, como sempre digo, a tradicional modalidade gaúcha. Serão 13 associações na Praia do Cassino disputando o caneco e convenhamos, ainda mais jogando em casa, qualquer outro resultado que não seja uma festa da Riograndina será surpresa. Algo diferente seria como se os Estados Unidos perdessem no basquete a medalha de ouro numa Olimpíada jogada em seu próprio território. As informações que chegam é de que entre os adversários a Academia de Pelotas vai sem Vinhas, é como o Barça sem Messi, a AFM Caxias sem Cristian Baptista, outro Messi, já a AFUMEPA como escrevemos aqui no Gothe Gol, não é time para o troféu máximo sem Rodrigo e Felipe, a Franzen por sua vez é uma incógnita. Fica quem sabe para a APFM, Sta.Vitória ou COP tentarem evitar o roteiro já imaginado por todos. O Certo é que teremos o melhor e mais importante campeonato da temporada gaúcha do botonismo, privilegiados os que poderão estar no Cassino no próximo final de semana, agora terra permanente da exuberante assinatura em botões que representa Manoel Teixeira Gonçalves.
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3 comentários:
Se alguém sentir fato do GEL Futmesa no Estadual por Equipes saibam que estaremos protestando. Queremos a desoneração da cerveja e da carne bovina, bem como, queremos que acordos forjados no fio do bigode sejam honrados.
há braços!
Não sentirei falta do GEL. Ano passado, o Dr. Maia socou o Tiago Pierobom, que ficou o ano todo traumatizado pelo golaço sofrido.
HAHAHAHAHAH! É que na realidade eu errei o chute.
Ao me lembrar do lance recordei que o Tiago pediu para terminar o jogo, pois faltava uns 2 minutos pra terminar. Ocorre que, pelo código de ética, posturas e da ordem e progresso do futebol de mesa eu teria que ter denunciado o rapaz que seria excluído do próximo certame. Todavia, como meus pais sempre me ensinaram para que servem as duas bolinhas que carrego no meu saco, não cometi a referida indelicadeza/ covardia com o Tiago que foi um adversário de respeito.
Bueno, esta foi a minha porção diária de bom humor destinada a quem de direito.
Há braços,
ps: Pedrinho, fica tranquilo que no Sábado estarei no Cassino.
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