QUE GOLAÇO !
Esse será o título do filme
documentário encomendado pela CBFM ao cineasta FILIPE SEIXAS. Desde o primeiro
dia do Campeonato, eram muitas as pessoas a bater fotos, fazer entrevistas,
procurando pessoas para dar suas opiniões. Ao chegar, procurei as pessoas
amigas de longa data, pessoas que conheci em 1967, 1970, 1971, 1973, 1996,
quando realizei minhas viagens à Boa Terra, para conversar, abraçar e matar a
saudade. Fiquei alheio aos holofotes. Desde a minha chegada o meu irmão Oldemar
Seixas estava comigo. O Filipe o procurou para entrevistá-lo e, Oldemar,
radialista não cansou de falar. Marcaram o depoimento para daqui a alguns dias,
quando o cineasta iria procurá-lo em sua casa e filmar seus álbuns e suas
fotos. Logo depois chegar o Roberto Dartanhã Costa Mello, outro componente da
comissão que criou a Regra Brasileira. Marcada uma data para visitá-lo e ver
seus arquivos, seu boletim informativo Bola Um, no qual descrevia todo o
movimento dos anos oitenta. Foi então, que ele me descobriu. Estava 50% da
comissão que criou a regra ali, junto dele. Na manhã do dia 16 fui convidado a
participar de uma filmagem, em um salão do Hotel.
Falei durante mais de duas horas sobre o que originou a idéia de construir uma regra que unisse o norte ao sul, o leste ao oeste, realizando, dessa forma o primeiro Campeonato Brasileiro. Com isso, acreditei estar livre de mais entrevistas. No dia seguinte, dia 17, apitei um jogo às nove horas, e, depois dois jogos, contra Gil (Alagoas) e Carlos Alberto (Pernambuco), as dez e onze horas.
Acabei ficando moído, pois os aparelhos de ar condicionado foram desligados, pois estavam formando no teto pequenas gotas de água, que pingavam nas mesas. Almocei com minha esposa e fui novamente procurado pelo Filipe, que já havia requisitado as presenças de Oldemar e Dartanhã.
Como o hotel não disponibilizou
nenhuma sala, nos levou para o Passeio Público, longe de toda a movimentação e
barulhos. E lá, nós três recordamos toda a odisséia que foi o parto da Regra Brasileira.
Desde a saída de Ghizi, de Porto Alegre, passando por Caxias, onde segui junto
para o Rio de Janeiro e dali direto para Salvador. Tudo isso de ônibus. Ficamos
das 13,30 horas até as 17 horas, sentados, conversando somente sobre o futebol
de mesa, pois não raro o Oldemar saia do assunto, falando sobre outra paixão
baiana: o futebol . Quando falei que tinha uma fita K7 com a gravação de
mensagens produzida pelo Oldemar, em uma festa de encerramento do ano e entrega
de prêmios da Associação Baiana, em que falam Giovani Moscovits, Nelson
Carvalho (falecido), Webber Seixas (falecido), Ademar Carvalho (falecido),
Roberto Dartanhã e Jomar Moura (falecido) o cineasta Filipe me fez prometer que
tentaria conseguir colocar em CD e
enviar a ele. Agora estou à procura de alguém que possa fazer esse serviço,
pois eu me emociono toda vez que a escuto, imagine quem conheceu essas pessoas
e com elas conviveu. Acredito que esse filme será uma epopéia para todos nós
botonistas, pois será muito difícil conseguir reunir os quatro que ainda restam
novamente. O QUE GOLAÇO! resgatará a
história de nossa regra, os esforços no sentido dessa aproximação que, no
primeiro Brasileiro contou com 21 participantes e nesse último com quase 200
pessoas, unindo o Brasil em torno de mesas, jogando botão.
HOMENAGENS RECEBIDAS
Na abertura do campeonato o vice presidente da CBFM, André Marques, ocupando a palavra deu a conhecer os grandes progressos que entidade vem conseguindo, fazendo convênios com o SESC, que sediará os Campeonatos daqui para a frente. Falou da criação do Ranking, coisa almejada pelos botonistas de ponta e finalmente disse que a CBFM prestaria duas homenagens, coisa que seria continuada em todas as competições futuras.
Uma das
homenagens foi para esse humilde sonhador, a qual me deixou emocionado e que
vou mostrar aos amigos pela foto do cartão, batida pela minha esposa querida. A
outra foi para o grande e imortal Átila Lisa, recebida por seus filhos, numa
emocionante e tocante homenagem.
Antes dessa homenagem, recebi,
depois de abraçar ao meu primeiro adversário em Campeonatos Brasileiros, José
Inácio, sergipano, campeão de 1979. Ao me abraçar o querido amigo Inácio disse
que, sabendo da minha ida, iria me homenagear com a medalha aos amigos da
Associação Sergipana de Futebol de Mesa. Calou fundo em minha esse gesto desse
amigo que desde 1970 mantenho em meu coração.
No domingo, no Programa Bahia
Campeão dos Campeões, Oldemar Seixas me distingue com um troféu de gratidão,
como grande colaborador do programa que está no ar há 36 anos.
Não ganhei nada em Salvador, mas
sai de lá com três homenagens que me deixaram imensamente feliz.
Mas, o mais importante de tudo
isso foi o abraço que recebi de centenas de amigos, muitos deles dizendo que
lêem os meus escritos. Saber disso a minha responsabilidade sempre aumenta,
pois são pessoas que elevam o meu sonho para dentro de só e o transformam em
seu sonho. Citar nomes seria uma temeridade, pois poderia omitir algum e isso
seria desastroso. Fotos com amigos foram inúmeras. Só a minha esposa trouxe 320
fotos para casa, muitas das quais estarão enfeitando esse Bate Bola.
4 comentários:
Hamburguer para todos!!! É hoje!!!!
Tá enlouquecido o colorado, rsrs...
Comparei o Hamburguer de ontem com o de hoje... teve 7 diferenças... seria jogo dos 7 erros?
Reafirmo, tá enlouquecido e transtornado o colorado enrustido. Cada novo comentário confirma apenas sua vermelhidão enrustida, rsrs...
Abraços,
Gothe.
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